Aline Feitosa

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20.12.11

CD Tem frevo na latada - Josildo Sá



Tem frevo na latada

O cantor pernambucano Josildo Sá coloca o gênero difundido por Luiz Gonzaga na boa companhia do frevo. Disco tem produção musical de José Milton e chega às lojas do país pela Microservice

 “O que temos aqui é um repertório popular com vestimenta a rigor”. A afirmação é do experiente produtor musical Zé Milton, após finalizar as gravações do disco Tem frevo na latada, de Josildo Sá. Sem titubear, diz mais: “Em nenhum momento da música brasileira foi registrada a mistura do Sertão com o frevo; do baião sob o aparato de uma big band. E, à frente dessa abordagem pioneira, um intérprete puro, selvagem, que coloca a cara à tapa, sem medo do novo. Este é Josildo Sá”.

 Gravado no Recife em setembro de 2011, Tem frevo na latada chega às lojas pela Microservice em período pré-carnavalesco. Pontua a homenagem do pernambucano Josildo Sá ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, cujo centenário é completado em 13 de dezembro de 2012. Josildo, natural de Floresta, criado em Tacaratu, ambas cidades do Sertão de Pernambuco, arrumou no frevo a fonte de inspiração para reverenciar o maior ícone da música nordestina no país.

 O disco traz na base do repertório obras como Luiz Gonzaga, João Silva e Zenilton. Todas ganham arranjos dos reverenciados maestros pernambucanos Edson Rodrigues e Ademir Araújo, que dialogam com a novíssima geração, como o cavaquinista Daniel Coimbra. Nos metais, músicos como Fabinho Costa (trompete), Enoc (trompete) e Nilsinho Amarante (trombone), todos a festejada SpokFrevo Orquestra. Na base, a banda que acompanha Josildo Sá, trazendo a mais autêntica levada do Samba de Latada.

 Em Pernambuco, até a sanfona cai no frevo

 Com uma trajetória de mais de 15 anos dedicado ao resgate do Samba de Latada* (gênero sertanejo que une a sanfona, triângulo e zambumba aos banjos, violões e instrumentos de sopro), Josildo havia interpretado em público apenas um frevo na vida. Foi convidado a defender Frevo das Rosas, dos sertanejos Kléber Araújo e Josias Limas, no Festival de Música Carnavalesca do Recife de 2010. Levou o terceiro lugar. E gostou da folia.

Tem frevo na latada, frevo canção que dá título ao disco, surgiu em março de 2011 em parceria com o poeta Diomedes Mariano, de Afogados da Ingazeira. Parcerias, aliás, determinam o perfil artístico de Josildo Sá. A inquietude, simpatia e sensibilidade para a boa música são características que lhe rendem bons encontros. O mais marcante, sem dúvida, foi com Paulo Moura. Após três anos de amizade e convivência , em 2006 os dois assinam o CD Samba de Latada. Com o disco, Josildo ganha notoriedade e é indicado a melhor intérprete regional no Prêmio da Música Brasileira.

Agora, Josildo Sá vem com seu terceiro disco, explorando um gênero que mostra ter força para fugir da sazonalidade e tradicionalismos. O frevo, um dos ritmos mais difíceis de serem executados no mundo e que forma apreciados instrumentistas de sopro do país, junta-se à festa da latada, com sanfona e Luiz Gonzaga.

É um disco para fazer dançar. Seja cruzando as pernas no passo da tesoura ou num forrozinho danado de bom. Ou dos dois jeitos. Você escollhe.